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Registro Completo |
Biblioteca(s): |
Epagri-Sede. |
Data corrente: |
24/10/2019 |
Data da última atualização: |
24/10/2019 |
Tipo da produção científica: |
Resumo em Anais de Congresso |
Autoria: |
KLABUNDE, G. H. F.; SCHERER, R. F.; BELTRAME, A. B. |
Título: |
SCREENING MOLECULAR DA COLEÇÃO DE GERMOPLASMA DE BANANA DA EPAGRI VISANDO RESISTÊNCIA A FOC4. |
Ano de publicação: |
2019 |
Fonte/Imprenta: |
In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 26., 2019, Petrolina. ANAIS... Campos dos Goytacazes, RJ: Sociedade Brasileira de Fruticultura, 2019. p. 281-284. |
Idioma: |
Português |
Conteúdo: |
O estado de Santa Catarina se destaca nacionalmente na bananicultura, sendo o quarto maior
produtor nacional em 2017 com mais de 720.000 toneladas produzidas. No entanto, diversas pragas
e doenças afetam a produtividade da cultura. O mal-do-Panamá causado pelo fungo veiculado pelo
solo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc) é atualmente um dos principais problemas da
bananicultura catarinense, causando perdas econômicas aos produtores. O meio mais eficiente para o
controle desta doença é a utilização de materiais resistentes às diferentes raças. O fungo possui uma
ampla especialização, sendo conhecidos 24 grupos de compatibilidade vegetativa (VCGs) e quatro
raças fisiológicas. Três destas raças afetam espécies de bananeiras e seus cruzamentos, sendo as raças
1, 2 e 4. A raça 3 afeta somente espécies do gênero Heliconia (PLOETZ, 2006). As raças 1 e 2 estão
distribuídas no país, no entanto a raça 4, que é dividida entre raça tropical 4 (TR4) e raça sub-tropical
4 (ST4) não está presente em território nacional. A raça 4 é importante por ser mais agressiva e atacar
plantas não atacadas pelas raças 1 e 2. Atualmente a TR4 está presente em países da Ásia, Oceania,
Oriente Médio e África, causando muitas perdas econômicas e destruição de bananais (PLOETZ,
2015). Este trabalho objetivou identificar, via marcadores moleculares SCAR específicos, plantas de
bananeira que apresentem indícios de resistência à raça 4 de Fusarium, sendo esta uma ação de
melhoramento genético preventivo, visto que a cepa ainda não se encontra em território Nacional e
Catarinense. Assim, é de extrema importância identificar previamente fontes de resistência a este
patógeno. Em função disso, 101 genótipos da coleção de germoplasma de banana da Estação
Experimental de Itajaí foram avaliados em relação aos dois marcadores moleculares SCAR ligados à
resistência a Foc4. O DNA total de 101 genótipos da coleção de germoplasma de banana da EPAGRI ? Estação
Experimental de Itajaí foi isolado a partir de amostras foliares com base no protocolo descrito por2
Doyle e Doyle (1990), com modificações. Esta coleção de germoplasma possui ampla diversidade de
genótipos, grupos genômicos, e ploidias. A presença de contaminantes, principalmente proteínas e
compostos fenólicos, nas amostras de DNA total, foi verificada com a utilização do espectrofotômetro
Eppendorf Biophotometer Plus. Foram consideradas amostras de DNA total sem a presença de
contaminantes, amostras com os valores das relações 260/280 e 260/230 entre 1,8 e 2,2,
respectivamente. A avaliação dos marcadores SCAR ScaU1001 e ScaS0901 seguiu a metodologia descrita
por Wang et al. (2012). Os marcadores SCAR foram identificados após a análise de marcas RAPD
diferencialmente amplificadas na comparação de bulks entre plantas resistentes e susceptíveis a Foc4.
O DNA isolado foi amplificado via PCR com os iniciadores OPU1001F e OPU1001R para o SCAR
ScaU1001 e com os iniciadores OPS901F e OPS901R para o SCAR ScaS0901. Os marcadores
amplificaram fragmentos de 1694 pb e 1429 pb, respectivamente. O gene Actina foi utilizado como
controle endógeno das reações. Esta região com primers desenhados com base no genoma de Musa
acuminata foi co-amplificada nas reações de PCR com a utilização dos iniciadores ActF e ActR,
produzindo um fragmento de 416 pb. Os resultados da amplificação dos marcadores moleculares ScaS901 e ScaU1001 nos 101
genótipos da coleção de germoplasma de banana da EPAGRI apresentaram alta frequência das bandas
relacionadas a resistência a raça 4 de Foc (Figura 1; Figura2). O marcador molecular ScaU1001
amplificou a banda ligada a resistência em 86 genótipos da coleção. Já o marcador ScaS901 foi
amplificado em 95 genótipos. Os dois marcadores foram amplificados conjuntamente em 85 dos 101
genótipos da coleção de germoplasma, representando 84,16% dos materiais mantidos na coleção do
programa de melhoramento genético de bananeira da EPAGRI ? Estação Experimental de Itajaí.
A elevada frequência de genótipos positivos, que apresentaram amplificação para os dois
marcadores ligados a resistência a Foc4 chama a atenção em uma raça tida como altamente destrutiva
e com pouquíssimas fontes de resistências identificadas atualmente. Além disso, genótipos de grupos
altamente susceptíveis a Foc4 como Cavendish e Prata apresentaram amplificação nos dois
marcadores SCAR. Após a validação dos marcadores SCAR em somente dois genótipos sabidamente
resistentes e cinco genótipos susceptíveis a Foc4, Wang et al. (2012) lançaram a hipótese de que cada
um destes marcadores moleculares esteja ligado a um dos genes que confiram a resistência ao maldo-Panamá. Este baixo número de genótipos utilizados para a validação dos marcadores pode
culminar na identificação de falso-positivos quando se amplia a genotipagem para uma coleção de
germoplasma possuidora de ampla base genética, como a da EPAGRI-E.E.I..
Sutherland et al. (2013) e Li et al. (2015) relatam que a resistência a Foc4 é do tipo
quantitativa e poligênica, logo diversos genes atuam em conjunto no referido patossistema. Os dois
marcadores moleculares do tipo SCAR desenvolvidos por Wang et al. (2012), mesmo que validados
em uma publicação científica, não podem ser tomados como ferramentas únicas para a identificação
de genótipos resistentes. Estes marcadores podem estar ligados a somente dois dos mais variados
genes responsáveis pela dinâmica do patossistema Musa spp. x Foc4. Os dois marcadores não
apresentaram amplificações nos seguintes genótipos: Pelipita, Abóbora, Figo, Figo Cinza e Figuinho
(ABB); sugerindo que estes materiais sejam mais susceptíveis por não apresentarem amplificação nos
dois marcadores moleculares. Novos estudos necessitam ser realizados nestes marcadores SCAR visando quantificar a real
ligação entre estas marcas e o/os possíveis locus de resistência associados. O genoma completo de
Musa acuminata (D¿HONT et al. 2012) pode facilmente fornecer estas informações.
Nossos resultados demonstram que 84,16% dos genótipos presentes na coleção de
germoplasma de banana da EPAGRI apresentam as duas marcas SCAR relatadas como estando
ligadas a genes de resistência a Foc4, contudo esta informação deve ser tratada com cautela até a
realização de novos estudos que elucidem a eficiência destes marcadores publicados MenosO estado de Santa Catarina se destaca nacionalmente na bananicultura, sendo o quarto maior
produtor nacional em 2017 com mais de 720.000 toneladas produzidas. No entanto, diversas pragas
e doenças afetam a produtividade da cultura. O mal-do-Panamá causado pelo fungo veiculado pelo
solo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc) é atualmente um dos principais problemas da
bananicultura catarinense, causando perdas econômicas aos produtores. O meio mais eficiente para o
controle desta doença é a utilização de materiais resistentes às diferentes raças. O fungo possui uma
ampla especialização, sendo conhecidos 24 grupos de compatibilidade vegetativa (VCGs) e quatro
raças fisiológicas. Três destas raças afetam espécies de bananeiras e seus cruzamentos, sendo as raças
1, 2 e 4. A raça 3 afeta somente espécies do gênero Heliconia (PLOETZ, 2006). As raças 1 e 2 estão
distribuídas no país, no entanto a raça 4, que é dividida entre raça tropical 4 (TR4) e raça sub-tropical
4 (ST4) não está presente em território nacional. A raça 4 é importante por ser mais agressiva e atacar
plantas não atacadas pelas raças 1 e 2. Atualmente a TR4 está presente em países da Ásia, Oceania,
Oriente Médio e África, causando muitas perdas econômicas e destruição de bananais (PLOETZ,
2015). Este trabalho objetivou identificar, via marcadores moleculares SCAR específicos, plantas de
bananeira que apresentem indícios de resistência à raça 4 de Fusarium, sendo esta uma ação de
melhoramento genético preventivo, v... Mostrar Tudo |
Palavras-Chave: |
banana; FOC4; panamá. |
Categoria do assunto: |
F Plantas e Produtos de Origem Vegetal |
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Marc: |
LEADER 07115naa a2200181 a 4500 001 1129019 005 2019-10-24 008 2019 bl uuuu u00u1 u #d 100 1 $aKLABUNDE, G. H. F. 245 $aSCREENING MOLECULAR DA COLEÇÃO DE GERMOPLASMA DE BANANA DA EPAGRI VISANDO RESISTÊNCIA A FOC4.$h[electronic resource] 260 $c2019 520 $aO estado de Santa Catarina se destaca nacionalmente na bananicultura, sendo o quarto maior produtor nacional em 2017 com mais de 720.000 toneladas produzidas. No entanto, diversas pragas e doenças afetam a produtividade da cultura. O mal-do-Panamá causado pelo fungo veiculado pelo solo Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc) é atualmente um dos principais problemas da bananicultura catarinense, causando perdas econômicas aos produtores. O meio mais eficiente para o controle desta doença é a utilização de materiais resistentes às diferentes raças. O fungo possui uma ampla especialização, sendo conhecidos 24 grupos de compatibilidade vegetativa (VCGs) e quatro raças fisiológicas. Três destas raças afetam espécies de bananeiras e seus cruzamentos, sendo as raças 1, 2 e 4. A raça 3 afeta somente espécies do gênero Heliconia (PLOETZ, 2006). As raças 1 e 2 estão distribuídas no país, no entanto a raça 4, que é dividida entre raça tropical 4 (TR4) e raça sub-tropical 4 (ST4) não está presente em território nacional. A raça 4 é importante por ser mais agressiva e atacar plantas não atacadas pelas raças 1 e 2. Atualmente a TR4 está presente em países da Ásia, Oceania, Oriente Médio e África, causando muitas perdas econômicas e destruição de bananais (PLOETZ, 2015). Este trabalho objetivou identificar, via marcadores moleculares SCAR específicos, plantas de bananeira que apresentem indícios de resistência à raça 4 de Fusarium, sendo esta uma ação de melhoramento genético preventivo, visto que a cepa ainda não se encontra em território Nacional e Catarinense. Assim, é de extrema importância identificar previamente fontes de resistência a este patógeno. Em função disso, 101 genótipos da coleção de germoplasma de banana da Estação Experimental de Itajaí foram avaliados em relação aos dois marcadores moleculares SCAR ligados à resistência a Foc4. O DNA total de 101 genótipos da coleção de germoplasma de banana da EPAGRI ? Estação Experimental de Itajaí foi isolado a partir de amostras foliares com base no protocolo descrito por2 Doyle e Doyle (1990), com modificações. Esta coleção de germoplasma possui ampla diversidade de genótipos, grupos genômicos, e ploidias. A presença de contaminantes, principalmente proteínas e compostos fenólicos, nas amostras de DNA total, foi verificada com a utilização do espectrofotômetro Eppendorf Biophotometer Plus. Foram consideradas amostras de DNA total sem a presença de contaminantes, amostras com os valores das relações 260/280 e 260/230 entre 1,8 e 2,2, respectivamente. A avaliação dos marcadores SCAR ScaU1001 e ScaS0901 seguiu a metodologia descrita por Wang et al. (2012). Os marcadores SCAR foram identificados após a análise de marcas RAPD diferencialmente amplificadas na comparação de bulks entre plantas resistentes e susceptíveis a Foc4. O DNA isolado foi amplificado via PCR com os iniciadores OPU1001F e OPU1001R para o SCAR ScaU1001 e com os iniciadores OPS901F e OPS901R para o SCAR ScaS0901. Os marcadores amplificaram fragmentos de 1694 pb e 1429 pb, respectivamente. O gene Actina foi utilizado como controle endógeno das reações. Esta região com primers desenhados com base no genoma de Musa acuminata foi co-amplificada nas reações de PCR com a utilização dos iniciadores ActF e ActR, produzindo um fragmento de 416 pb. Os resultados da amplificação dos marcadores moleculares ScaS901 e ScaU1001 nos 101 genótipos da coleção de germoplasma de banana da EPAGRI apresentaram alta frequência das bandas relacionadas a resistência a raça 4 de Foc (Figura 1; Figura2). O marcador molecular ScaU1001 amplificou a banda ligada a resistência em 86 genótipos da coleção. Já o marcador ScaS901 foi amplificado em 95 genótipos. Os dois marcadores foram amplificados conjuntamente em 85 dos 101 genótipos da coleção de germoplasma, representando 84,16% dos materiais mantidos na coleção do programa de melhoramento genético de bananeira da EPAGRI ? Estação Experimental de Itajaí. A elevada frequência de genótipos positivos, que apresentaram amplificação para os dois marcadores ligados a resistência a Foc4 chama a atenção em uma raça tida como altamente destrutiva e com pouquíssimas fontes de resistências identificadas atualmente. Além disso, genótipos de grupos altamente susceptíveis a Foc4 como Cavendish e Prata apresentaram amplificação nos dois marcadores SCAR. Após a validação dos marcadores SCAR em somente dois genótipos sabidamente resistentes e cinco genótipos susceptíveis a Foc4, Wang et al. (2012) lançaram a hipótese de que cada um destes marcadores moleculares esteja ligado a um dos genes que confiram a resistência ao maldo-Panamá. Este baixo número de genótipos utilizados para a validação dos marcadores pode culminar na identificação de falso-positivos quando se amplia a genotipagem para uma coleção de germoplasma possuidora de ampla base genética, como a da EPAGRI-E.E.I.. Sutherland et al. (2013) e Li et al. (2015) relatam que a resistência a Foc4 é do tipo quantitativa e poligênica, logo diversos genes atuam em conjunto no referido patossistema. Os dois marcadores moleculares do tipo SCAR desenvolvidos por Wang et al. (2012), mesmo que validados em uma publicação científica, não podem ser tomados como ferramentas únicas para a identificação de genótipos resistentes. Estes marcadores podem estar ligados a somente dois dos mais variados genes responsáveis pela dinâmica do patossistema Musa spp. x Foc4. Os dois marcadores não apresentaram amplificações nos seguintes genótipos: Pelipita, Abóbora, Figo, Figo Cinza e Figuinho (ABB); sugerindo que estes materiais sejam mais susceptíveis por não apresentarem amplificação nos dois marcadores moleculares. Novos estudos necessitam ser realizados nestes marcadores SCAR visando quantificar a real ligação entre estas marcas e o/os possíveis locus de resistência associados. O genoma completo de Musa acuminata (D¿HONT et al. 2012) pode facilmente fornecer estas informações. Nossos resultados demonstram que 84,16% dos genótipos presentes na coleção de germoplasma de banana da EPAGRI apresentam as duas marcas SCAR relatadas como estando ligadas a genes de resistência a Foc4, contudo esta informação deve ser tratada com cautela até a realização de novos estudos que elucidem a eficiência destes marcadores publicados 653 $abanana 653 $aFOC4 653 $apanamá 700 1 $aSCHERER, R. F. 700 1 $aBELTRAME, A. 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14. | | SCHERER, R. F.; BELTRAME, A. B.; MARO, L. A. C.; KLABUNDE, G. H. F. Avaliação de desempenho agronômico de dois novos genótipos de bananeira, subgrupo prata, no primeiro ciclo de cultivo. In: SIMPÓSIO DE FRUTICULTURA DA REGIÃO SUL, 2., 2019, Chapecó. Resumos... Chapecó: UFFS, 2019.Tipo: Resumo em Anais de Congresso |
Biblioteca(s): Epagri-Sede. |
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16. | | MANFIO, C. E.; PEREIRA, A.; KLABUNDE, G. H. F.; ALVES, D. P.; WAMSER, G. H. AVALIAÇÃO DE MARCADORES MOLECULARES ISSR PARA APLICABILIDADE EM DNA FINGERPRINTING DE CULTIVARES DE CEBOLA. In: SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 24., 2019, Cruz Alta. Resumos... Cruz Alta: Universidade de Cruz Alta, 2019.Tipo: Resumo em Anais de Congresso |
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